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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

A Imortalidade da Alma.








"E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra e soprou em seu nariz o fôlego de vida; e o homem foi feito alma vivente". Gênesis 2 7



Imagem, Google.com

 

Por: Cláudio Martucelli



Caros leitores, paz e graça a todos em nome de Jesus.

Hoje gostaria de falar um pouco sobre a imortalidade da alma e tentar responder algumas dúvidas semeadas por seitas como, Adventistas do 7* dia e Testemunhas de Jeová. 
Boa leitura!  

Talvez você esteja incluído na multidão de pessoas que já ouviram a expressão "morreu acabou", eu mesmo já ouvir várias vezes tal expressão, no entanto, as Escrituras Sagradas nos revela que após a morte do corpo a alma permanece viva e consciente. Portanto, tudo que foi realizado no corpo, permanece mesmo depois que esse voltar ao o pó, ou seja, as lembranças, o conhecimento, a consciência, a razão e as emoções que são coisas abstratas, estão tão interligadas pela alma e espirito que mesmo com a morte da parte material do ser humano (corpo), o que é abstrato permanece.
  
Algumas seitas pseudo-cristã na fã de tentar sustentar suas heresias, distorcem os textos bíblicos dando outro sentido ou significado ao texto sagrado, porem a seguir vamos meditar em várias passagens bíblicas para entendermos melhor o assunto.

Nas Escrituras Sagradas exitem varias palavras com vários significado, uma delas é - Alma, por isso muitas das vezes cria-se uma imensa confusão e até mesmo heresias como:
"A Dormência da Alma" ensinada pelos Adventistas do 7° dia, e
"A extinção da Alma" ensinada pelas Testemunhas de Jeová.
Percebe-se também que é na ignorância que surge as expressões "morreu acabou".  

A palavra Hebraica Nephesh é traduzida para "alma" no Antigo Testamento mais de 500 vezes, já no Novo Testamento a palavra Grega Psiche é traduzida mais de 60 vezes. 

A palavra alma é utilizada nas Escrituras para se referir a: 
animais, pessoas, sangue (vida), como também a algo abstrato, imortal e incorpórea.

De acordo com as tradições judaicas e conforme o Torah, entre os judeus havia a crença na vida após a morte, embora o tema não fosse muito explorado, os judeus sempre acreditaram na imortalidade da alma. De Gêneses ao Apocalipse é possível constatar inúmeros relatos onde a Alma é apresentada como imortal e de forma consciente. 
Vejamos a seguir os textos das Escrituras. 

Se refere a animais em:

"Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome". Gênesis 2 19
No texto acima o Altíssimo Javé apresenta à Adão todo ser vivente, ou seja, toda alma vivente, para que Adão coloque os nomes aos respectivos seres vivos. Então, todo ser vivente, seja aquático, terráqueo ou mesmo uma ave, são nomeados nas Escrituras de Alma Vivente. 

"Então para o SENHOR tomarás o tributo dos homens de guerra, que saíram a esta peleja, de cada quinhentos uma alma, dos homens, e dos bois, e dos jumentos e das ovelhas". Números 31 28 
Aqui mais uma vez a palavra alma é designada aos animais. 

"Mas todo o que não tem barbatanas, nem escamas, nos mares e nos rios, todo o réptil das águas, e toda alma vivente que há nas águas, estes serão para vós abominação". Levítico 11 10

"E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda a alma vivente." Apocalipse 16 3.
Aqui o texto se refere aos animais aquáticos, visto que, "e morreu no mar toda a alma vivente". 

Se refere a pessoas em:


"Todas as almas, pois, que procederam dos lombos de Jacó, foram setenta almas; José, porém, estava no Egito." Êxodo 1 5.
No texto acima Moisés utiliza a mesma palavra hebraica "Nephesh" - Alma, para fala das setenta pessoas da família de José que foram para o Egito. Setenta almas, ou seja, setenta pessoas.

"Estes são os filhos de Raquel, que nasceram a Jacó, ao todo quatorze almas." Gênesis 46 22. 
Ao todo quatorze almas.

"E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos." Atos 2 43.
Mais uma vez o texto sagrado das Escrituras refere-se as pessoas como alma. Em toda alma havia temor, ou seja, em todas as pessoas havia temor.


Se refere a um ser imortal e incorpórea:


"E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram." Apocalipse 6 9.
Observe agora que o sentido da palavra alma faz referencia a um ser imortal que subsiste mesmo com a morte do corpo. Fica nítido que o corpo humano é apenas uma casa temporária onde o verdadeiro ser humano habita. 
  
"E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo." Mateus 10 28.
Aqui mais uma vez o texto sagrado faz distinção entre o corpo que morre e a alma que continua a existir e em sofrimento no fogo do inferno, ou seja, um ser eterno e consciente.

"Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." Hebreus 4 12.
Aqui o Apóstolo Paulo vai além e mostra que o ser humano é tricotomista, ou seja

segunda-feira, 31 de março de 2014

A amizade de Jonatas e Davi






                                                       
E, indo-se o moço (Jônatas) levantou-se Davi do lado do sul, e lançou-se sobre o seu rosto em terra, e inclinou-se três vezes; e beijaram-se um ao outro, e choraram juntos, mas Davi chorou muito mais”. 1 Samuel 20:41.




Jônatas e Davi - .r7.com



Por: Cláudio Martucelli




Olá amigos! 
Hoje quero falar com vocês um pouco sobre amizade. 
Sempre que esse tema é apresentado penso imediatamente em dois personagens da Bíblia, Jônatas e Davi.
O que aprendemos dessa relação amigável entre os dois? Boa leitura!

Quando o Altíssimo Deus criou Adão e os demais seres vivos e os pôs no Éden, logo o Criador percebeu que não era bom para o homem viver sozinho, sem uma companhia, sem ter com quem conversar e dividi seus anseios, desejos e os momentos de alegria. Para termos ideia do que é o ser humano sozinho, Adão estava no Jardim do Éden com tudo perfeito e ainda assim, toda aquela perfeição e harmonia não foram capazes de preencher esse espaço destinado à relação humana, em pleno paraíso Adão sentiu falta de uma companhia.
"E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele". Gênesis 2:18.

E quando falo de companhia, por favor, não entendam no simples ato de procriar, de fazer sexo, não! A companhia não se restringe a raça, espécie, ou ao gênero oposto, nem mesmo ao mero ato de fazer sexo, mas,  me refiro a companhia que constrói uma relação baseada na confiança mutua, que gera desejo e harmonia entre os envolvidos, falo de algo que entrelaça a alma gerando alegria e prazer pelo simples fato de estar com o outro.

Quem nunca teve um amigo? Alguém com quem dividimos nossos momentos de alegria e de dor, alguém a quem confiamos nossos segredos e compartilhamos os momentos? 
Talvez este questionamento te fez relembrar suas amizades de infância, pessoas com quem você viveu na rua do bairro, no colégio ou mesmo da faculdade e agora percebe que muitos daqueles amigos ou amigas, ficaram para atrás.

O filósofo grego Aristóteles definiu a amizade da seguinte forma: "a amizade é a alma de dois corpos". Além de Aristóteles vários filósofos, poetas, profetas, cantores, artistas e pensadores deixaram seus relatos sobre a amizade, mas confesso que Aristóteles definiu com grandeza a relação de lealdade, confiança e respeito entre duas pessoas. A amizade é um sentimento puro que liga duas pessoas pelo que elas são, jamais pelo que elas têm, de modo que, quem busca mais do outro acaba deixando muito mais de si mesmo. 

A verdadeira amizade nasce sobre uma plataforma onde "pequenos" e importantes detalhes nos atraem ao outro, onde os sentimentos sinceros são mútuos, onde a confiança, a fidelidade, o amor, o respeito e, sobretudo a verdade são os pilares que sustenta essa base. Esse leque de bons sentimentos mútuos pode ser encontrado na relação entre pai e filho, mãe e filha, no conjugue ou no casal de namorados, porém, como a amizade não se limita ao gênero, a raça ou mesmo ao tempo, ela também está presente na relação entre dois homens, duas mulheres, duas crianças, dois anciões, um jovem e um ancião,  bem como entre um homem e uma mulher. 

Com o avanço tecnológico e a expansão do mundo virtual, cada vez mais pessoas do mundo inteiro se relacionam e surgem novos tipos de “amizades”. Em muitos desses casos a amizade que se iniciou de forma virtual através do computador ou celular em redes sociais, se consolida e prospera a ponto de resultar em namoros e casamentos. Mas, infelizmente esse novo fenômeno também tem produzido várias matérias policiais, não são poucos os casos de estupro, latrocínio, cárcere privado, extorsão e morte. Devido a essa enxurrada de noticias tristes, na maioria das vezes a "amizade virtual" não ultrapassa a barreira de “Amigo Online”.

Na Bíblia encontramos muitos relatos de amizades, uma das primeiras citações nos fala da amizade entre Abraão e o Deus Altíssimo, temos também outro incomparável exemplo, o de Jesus, o Fiel Amigo que deu a própria vida por todos nós. Contudo, pretendo explorar o texto bíblico de 1 Samuel 20:41 que fala da amizade entre Jônatas e Davi, tendo em vista que essa relação de amizade se deu entre duas pessoas comuns, sujeitas às mesmas paixões e limitações humana.  

Atualmente existem “amigos” de todos os tipos, classifica-los seria tarefa árdua, principalmente quando nos voltamos para os meios de comunicação. Nas redes sociais as pessoas estão rodeadas de “amigos” onde é valorizada a quantidade ao invés da qualidade, mas, entendo que a amizade verdadeira não pode ser reduzida aos chamados “amigos virtuais” que comentam, compartilham e curtem suas ideias, pensamentos, fotos e vídeos. Os “amigos virtuais” que juram que te ama e te adora, mas quando te encontra na rua não é capaz de te reconhecer, certamente

sábado, 15 de março de 2014

Uma mulher chamada Abigail





“E era o nome deste homem Nabal, e o nome de sua mulher Abigail; e era a mulher de bom entendimento e formosa; porém o homem era duro, e maligno nas obras, e era da casa de Calebe”. 1 Samuel 25:3



Abigail encontra Davi


Autor: Cláudio Martucelli


Caros leitores, graça e paz a todos!

Toda vez que leio a Bíblia no livro de Samuel e me encontro com essa mulher maravilhosa e ímpar, chamada Abigail, fico igualmente fascinado por ver nessa grande mulher virtudes e qualidades ultimamente em estado de extinção. Abigail é uma mulher de coração generoso e de uma personalidade extremamente cativante, é realmente um belíssimo exemplo de mulher.
Boa leitura!

A história de Abigail foi registrada exatamente num período de muito conflito e autoritarismo, um período em que o machismo era extremamente predominante e não havia espaço para as mulheres. A brilhante historia dessa mulher aconteceu por volta do ano 1.000 A/C (antes de Cristo) em um ambiente conturbado e conflituoso.

Em Israel o clima político passava por constantes turbulências internas, de um lado o rei Saul sob o pretexto de combater o inimigo do reino e do outro Davi que fugia para sobreviver e esperar o tempo certo para ser aclamado rei desse reino. Depois que o Senhor Deus ordenou que o profeta Samuel ungisse Davi como rei de Israel, o rei Saul não lhe deu trégua e o buscou em todos os lugares, para se esconder Davi e seus 600 homens guerreiros passaram por um período de constante movimentação fugindo e se escondendo o tempo todo. 

Os esconderijos de Davi eram praticamente na região desértica as margens do Mar Morto, entre esses lugares destaco: En-Gedi, o deserto de Parã, o deserto de Zife, o deserto de Maon e aldeias como o Carmel (Carmelo) e Ziclague.
*Detalhe: Carmel ou Carmelo, não tem nada haver com o monte Carmelo, que fica 323 km ao norte de Israel próximo ao porto de Haifa, o Carmelo onde Davi peregrinava era uma pequena aldeia ao sul de Hebron, herança de Calebe e quem ali vivia era denominado: carmelitas.

“E Davi permaneceu no deserto, nos lugares fortes, e ficou em um monte no deserto de Zife; e Saul o buscava todos os dias, porém Deus não o entregou na sua mão”. 1 Samuel 23:14

Nabal, o sem juízo.

Nessa região desértica, na cidade de Maon havia um homem muito rico e poderoso chamado Nabal, naquele lugar todos sabiam das atrocidades praticadas por esse fazendeiro que também possuía terras na aldeia do Carmel e um notável rebanho de quatro mil ovelhas e cabras.
As Escrituras Sagradas apresenta Nabal, que em hebraico significa “sem juízo”, como um homem duro e maligno nas obras, soberbo, arrogante e completamente perverso. 

Aconteceu que por ocasião da tosquia de suas ovelhas, Nabal foi ao vilarejo do Carmel recolher a sua grande produção de lã e como pretendia passar alguns dias tosquiando, levou uma abundancia de víveres para si e seus funcionários. Quando Davi soube desses relatos imediatamente enviou 10 jovens em seu nome pedindo um pouco de alimento ou de lã, qualquer coisa, qualquer ajuda seria bem vinda. 

Tenho certeza que Davi e seus homens esperavam receber alguma ajuda de Nabal, até porque Davi estava sempre naquela região e nunca agrediu um servo ou roubou uma só ovelha daquele fazendeiro e mesmo naquela situação adversa jamais ofendeu ou causou dano algum aos pastores ou ao rebanho. A presença constante daqueles homens guerreiros na aldeia do Carmel, de certa forma era uma garantia e proteção aos servos e rebanho de Nabal e por isso acreditavam que receberiam alguma ajuda daquele homem rico, mas, para a surpresa e fúria de Davi o louco Nabal não só negou a ajuda, como também o desprezou e o esnobou.
“E Nabal respondeu aos criados de Davi, e disse: Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Muitos servos há hoje, que fogem ao seu senhor”. 1 Samuel 25:10. 

Nabal demonstrou que não tinha nenhuma consideração a Davi e ignorando qualquer reação do guerreiro “fugitivo”, continuou dizendo:
“Tomaria eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os meus tosquiadores, e o daria a homens que eu não sei donde vêm”? 1 Samuel 25:11. 

Pronto, a confusão estava feita!
Por causa da arrogância de Nabal muitos inocentes que não concordavam com suas atitudes estavam prestes a morrerem. Em algum lugar próximo dali os 10 jovens contaram a Davi todo deboche que aquele fazendeiro fez do seu nome, falaram de sua arrogância e da falta de respeito ou consideração por Davi e seus homens.  

Tomado pela fúria e o ódio, Davi ordenou que os seus homens cingissem suas espadas e se preparassem para uma carnificina na casa de Nabal, a fúria de Davi era tão impetuosa que ali mesmo diante de seus homens, fez um juramento no qual prometeu matar a todos, inclusive as crianças.
“Assim faça Deus aos inimigos de Davi, e outro tanto, se eu deixar até amanhã de tudo o que tem até mesmo um menino”. 1 Samuel 25:22.
Como podemos ver, o pavio da bomba estava acesso e na iminência de estourar. 
Alguém precisava com urgência apagar o pavio e aplacar a fúria de Davi, ou todos morreriam.  

É aqui que surgi Abigail.

Abigail que em hebraico significa “meu pai é alegria”, é apresentada nas Escrituras Sagradas como uma mulher de bom entendimento e formosa, uma mulher rica, discreta e graciosa. Mas, quando começo a meditar no dia-dia daquela mulher com seu marido, chego a conclusão de que a maior formosura de Abigail estava no seu interior, na sua personalidade cativante.
“Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus”. 1 Pedro 3:4.

Abigail não sabia o que estava acontecendo, pois não estava presente quando os 10 jovens enviados por Davi foram até Nabal. Porem, temendo o pior e sabendo que pouco tempo lhe restava